Preencha os campos abaixo para submeter seu pedido de música:
Minas Gerais dará, nos próximos dias, sinal verde para as redes pública e particular reabrirem suas escolas de ensino básico e superior e para os estudantes reencontrarem o caminho das salas de aula. A data ainda não foi definida, mas a volta ao ensino presencial é dada como certa para este ano ainda, podendo mesmo ocorrer nas próximas semanas.
O anúncio será feito pela Secretaria de Estado de Saúde assim que a curva epidemiológica “autorizar” o protocolo. Enquanto aguarda, a pasta da Educação prepara seu plano de retomada, que inclui finalizar o ano letivo o mais próximo possível do calendário inicial, para não comprometer 2021. Já o Colégio Militar anunciou ontem que retoma os estudos presenciais na segunda-feira.
“Entendemos que os protocolos todos são muito conhecidos e amadurecidos, mas o que as famílias mais se preocupam é com a garantia de que serão executados por cada uma das escolas. Aplicar uma retomada progressiva lhes dará mais segurança e nos permitirá observar se há situações delicadas em alguma região do estado”
Júlia Sant’Anna secretária de Estado de Educação
O estado forneceu internet aos alunos, garantindo acesso às aulas via aplicativo e às teleaulas nas regiões onde não há cobertura da TV estatal. A entrega de material foi feita nominalmente, de forma que cada diretor tem a obrigação de indicar se entregou ou não, a cada novo ciclo, o PET aos estudantes. De acordo com a secretária, com essa busca ativa, foi possível recuperar alunos que estavam faltosos antes mesmo do fechamento das escolas.Para os próximos dias, é esperada também definição sobre o calendário letivo, numa complexa matemática para terminar o ano “da maneira mais serena possível”, segundo Júlia. “Estender muito será oneroso para a conclusão do ano letivo de 2021. Vamos construir esse novo calendário pensando no do ano que vem.”Municípios
Para liberar as escolas, no entanto, o estado vai precisar costurar com a Associação Mineira dos Municípios (AMM) alinhamento que permita a retomada em todo o território mineiro. Isso porque, mesmo com aval do comitê de enfrentamento à COVID-19 para o retorno ao presencial, não há garantias de que elas voltarão em todas as cidades, uma vez que nem todas aderiram ao Minas Consciente, que dita as etapas de reabertura dos municípios, tendo os prefeitos, nesse caso, poder de decisão. “Há decisões judiciais de que a prefeitura pode (dar a palavra final), outras que não pode”, diz a secretária de Educação.Manifestação pela reabertura em BH
Se no âmbito estadual o reencontro com as salas de aula parece próximo, nada é garantido em Belo Horizonte, onde o embate pode ser duro. O estado não arrisca dizer se sua decisão atingirá a capital e nem a Prefeitura de BH (PBH) dá sinais de flexibilização. Um grupo intitulado Pais pela Educação marcou para domingo, às 10h, na Praça da Liberdade, manifestação para pedir a reabertura das escolas.Entre os pais de alunos, seja da rede pública ou particular, a ansiedade só cresce. Em meados do mês passado, o prefeito Alexandre Kalil declarou que na capital as aulas “dificilmente voltarão antes de uma vacina” contra o coronavírus. Na rede municipal, não houve adesão ao modo remoto, considerado por Kalil “uma agressão” aos mais pobres.Semana passada, a Secretaria Municipal de Educação (Smed) publicou no Diário Oficial do Município (DOM) um regime especial para estudantes do 9º ano do fundamental, da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e para os do 5º ano que estão matriculados em escolas que não oferecem as etapas seguintes. E, conforme havia antecipado o Estado de Minas, um regime híbrido para aplicar dar conta de 2020 e 2021.“Está todo mundo vendido, esperando, com receio de tomar uma atitude e sem saber até quando esperar”, diz a advogada Fernanda Pereira Altoe, de 41 anos, mãe de dois meninos de 5 e 3 anos. O movimento nasceu da experiência de uma mãe de aluna do colégio privado da Região Centro-Sul da capital, onde os filhos de Fernanda também estudam. A garota foi internada depois de uma crise de ansiedade que a fez parar de comer, beber e dormir. O grupo de whatsapp se espalhou entre pais, famílias e amigos e depois de uma semana, com mais de 500 pessoas, teve de ser deslocado para o Telegram.