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O instrumento usado na prática de um ato histórico irá para o lugar onde costumam ser guardados objetos com essa carga. Nesta terça-feira (10), a Justiça decidiu enviar para um museu a faca que Adélio Bispo de Oliveira enfiou na barriga de Jair Bolsonaro (PSL) durante a campanha eleitoral de 2018.
A decisão do juiz Bruno Savino, da 3ª Vara da Justiça Federal em Juiz de Fora, Minas Gerais, atende a pedido do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal. Ele considerou haver “relevante valor histórico” na lâmina de 30 cm manuseada por Adélio na tentativa de assassinato, que completou um ano na última sexta-feira.
Para o magistrado, a peça representa a violência sofrida pelo presidente e, “sobretudo, simboliza, a partir de uma ótica mais ampla, a agressão cometida contra o próprio regime representativo e democrático de direito”.
Savino afirmou haver “interesse de sua conservação em prol da história política recente do país”.
A peça, que atualmente está sob a guarda da Justiça Federal, já que foi usada como prova no processo que concluiu ser Adélio o culpado pelo crime- será levada para o Museu Criminal da Polícia Federal, com sede em Brasília.
A vontade de incorporar a faca ao acervo foi expressa ao juiz pela diretoria da Academia Nacional de Polícia, o núcleo de formação da PF. A justificativa foi a de que a arma branca foi periciada pela corporação, responsável pela investigação do atentado.
Além da faca, serão repassadas à Polícia Federal as hastes parecidas com cotonetes (descritas na decisão como suabes) que foram usadas nas perícias e guardam amostras de DNA de Bolsonaro e de Adélio.
O material será entregue ao delegado responsável pelo caso, Rodrigo Morais, que deverá fazer o encaminhamento ao museu. Ele disse à reportagem que tomará as providências assim que for notificado oficialmente.