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A Polícia Civil de Araxá desencadeou na manhã desta segunda-feira (10), a terceira fase da operação “Chama no Wickr”, que investiga o tráfico de drogas e a comercialização de entorpecentes de alto valor através de redes sociais e aplicativos.
A PC cumpriu o mandato de busca e apreensão na empresa LocaTudo localizada na Avenida João Paulo ll, em Araxá, a qual foi fechada para apuração do envolvimento dos proprietários com a lavagem do dinheiro proveniente ao tráfico.
A operação teve início após apreensão de grande quantidade de drogas sintéticas em Araxá no início do ano de 2019, tendo parte dos entorpecentes apreendidos com destino às cidades nos estados de São Paulo, Bahia, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais. Os envolvidos utilizavam a internet como meio de divulgação da droga em redes sociais e aplicativos, criação e administração de grupos de vendas e consórcio para aquisição de drogas.
O Delegado Vinícius Ramalho cedeu entrevista ao Portal Imbiara e falou sobre o trabalho de investigação. “A equipe prendeu no ano de 2020 o cabeça, considerado o chefe da quadrilha, Matheus Carvalho de Ávila, na cidade de Santa Maria da Vitória, na Bahia. Após isso sua mãe começou a auxiliar o filho na lavagem do dinheiro. Um amigo do Matheus também foi identificado como ajudante e a mãe e o amigo estão foragidos”, explicou o delegado.
Em prosseguimento à operação, a Polícia Civil esteve a procura da mãe de Matheus no residencial Casa Blanca, situado na Avenida Imbiara, porém a mesma não foi localizada encontrando-se foragida juntamente com o suspeito “Rodrigo” amigo de Matheus e que segundo PC seria o braço direito dele no esquema do tráfico.
A operação já realizou 32 prisões, 11 mandados de buscas e apreensões, 28 celulares apreendidos, quatro computadores, sete notebooks apreendidos. 1.874 comprimidos de ecstasy. 460 blotters de lsd (ácido lisérgico). 46 gramas de mdma. Três quilos de maconha geneticamente modificada. 90 gramas de haxixe e R$12.850,00 em dinheiro. Foram apreendidos dois veículos, um audi modelo q3. e um fiat freemont, patrimônio acumulado em cerca de R$ 2 milhões. Segundo o delegado esse valor poderá ser revestido a Policia Civil para continuidade dos trabalhos de investigações de diversas naturezas em Araxá.
“A lei de organizações criminosas, prevê que parte desses bens devem ser revestidos em benefício da instituição de segurança pública que efetuou a operação, no caso a Polícia Civil de Araxá. Nossa luta agora além de identificar e deixar os bens a disposição da justiça é conseguir fazer que parte desse valor seja revertido em benefício da PC e da população, porque o aprimoramento do nosso trabalho só é benéfico a população” afirmou Vinícius Ramalho.
