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A inflação brasileira atingiu o pico em setembro.
A avaliação é do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Em uma palestra na Associação Comercial de São Paulo nesta segunda-feira, Campos Neto afirmou que a inflação acumulada em 12 meses não deve passar do patamar registrado em setembro.
O IBGE ainda não consolidou os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA, referentes ao mês ao nono mês do ano.
Mas a prévia da inflação, medida pelo IPCA-15, indica que os preços avançaram no nono mês do ano. O índice chegou a 1,14% em setembro, contra 0,89% registrado na prévia de agosto.
Os últimos dados consolidados do IPCA são referentes ao mês 8. Em agosto, a inflação oficial ficou em 0,87%, acumulando alta de 5,67% no ano e de 9,68% em 12 meses.
Campos atribuiu a alta da inflação ao que chamou que “dois choques” ocorridos em 2020 e 2021: no ano passado, o Brasil sofreu com um forte aumento dos preços dos alimentos e forte desvalorização do real frente ao dólar.
Neste ano, segundo o presidente do BC, o que mais pressiona a inflação é a energia elétrica.
Além disso, Campo Neto também falou em repasse represado de preços do setor de serviços, que tem repassado ao consumidor os custos mais altos relacionados à inflação de outros setores.
Campos afirmou que o Banco Central tem agido para conter a pressão nos preços, reajustado a taxa de juros.
Na última reunião, no fim de setembro, o Comitê de Política Monetária elevou a Selic de 5,25% para 6,25% ao ano.
A taxa, que é considerada os juros básicos da economia nacional e principal instrumento da autoridade monetária para conter a inflação, está no nível mais alto desde julho de 2019.
Lembrando que, em patamares mais elevados, a Selic ajuda a segurar os preços porque encarece o crédito, desestimulando o consumo. Com o mercado menos aquecido, os preços tendem a cair.